quinta-feira, 30 de julho de 2015

Assembleia do II Copene Sul aprova criação da Asociación de Investigadores/as Negros/as de América Latina y el Caribe




Em assembleia ocorrida no dia 23 de julho, os participantes do II Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as – II Copene Sul aprovaram a criação da Asociación de Investigadores/as Negros/as de América Latina y el Caribe, que  foi anunciada pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e fundada conjuntamente por pesquisadores negros brasileiros, colombianos e argentinos presentes no evento. Segundo a ABPN, a nova associação surge com o intuito de estabelecer um espaço de diálogo, coordenação e cooperação entre os diferentes atores acadêmicos, centros de pesquisa, universidades e seus docentes, com foco na promoção dos Direitos Humanos da população negra na América Latina e no Caribe. 

O II Copene Sul aconteceu  entre os dias 21 a 24 de Julho, na sede da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, e foi  organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Paraná (NEAB-UFPR) e pela ABPN. Abaixo, segue a Carta de Curitiba, documento que destaca as linhas de trabalho e as próximas reuniões da nova associação

Carta de Curitiba
 
Curitiba, 22 de julio de 2015.

En el día de la fecha y en el marco del II COPENE-Sul Curitiba 2015, los investigadores negros aquí reunidos proponemos establecer un espacio permanente de diálogo, articulación y cooperación académica entre los diferentes actores académicos, sus centros de investigación , universidades y sus docentes.

Dicho espacio esta enfocado en la promoción de los Derechos Humanos de la población negra en América Latina y el Caribe.
A su vez trabajará en la promoción y el intercambio de saberes colectivos, el combate al racismo y al pensamiento colonial y la promoción del diálogo sur-sur.
Es necesario remarcar la producción de herramientas para el combate al Racismo, apuntar al dialogo Sur-Sur y combatir el pensamiento colonial.

Historia
Esta iniciativa tuvo inicio en el Congreso de Estudios Poscoloniales, realizado en Buenos Aires (Argentina) en diciembre de 2014, en la cual participaron distintos académicos de Argentina, Brasil y Colombia. En el marco de este evento académico se destacó la necesidad de crear y fortalecer espacios de intercambio académico de investigadores e investigadoras de la población negra en la región. Es así como se propone la creación de un organismo regional que congregue académicos/as negros/as de América Latina y el Caribe a fin de fortalecer la investigación desde los mismos académicos e intelectuales negros/as e impulsar la promoción de los derechos humanos de la población negra en la región.

Preocupaciones y problemas a trabajar
Observamos una serie de problemas comunes en la región.
• Subrepresentación entre los discentes y docentes universitarios.
• Falta de miradas de investigación desde una perspectiva afro
• La falta de estimulo en el marco del decenio
• La ausencia de vínculos e intercambio entre investigadores y sus producciones
• La dificultad de las universidades de ser reales espacios de emancipación para las poblaciones negras.
• El racismo institucional.

Objetivos

• Promover el intercambio y articulación académica.
• Establecer un espacio permanente sobre la realidad de las poblaciones negras de América Latina y el Caribe.
• Contribuir con los Estados y la Sociedad Civil en la construcción de una efectiva agenda para el Decenio de los Afrodescendientes-ONU.
• Promoción y fortalecimiento de los saberes tradicionales de las comunidades afrodescendientes.
• Fortalecer la presencia de los investigadores /as negros/as en las carreras docentes de las distintas universidades de la región.

Líneas de trabajo:
• Memoria, justicia y reparación
• Promoción del acceso, permanencia y éxito en la educación básica y superior.
• Fortalecer la funciones universitarias (Investigación, Enseñanza y Extensión) hacia las problemáticas de la comunidad afrodescendiente.
• Elaboración, seguimiento y evaluación acompañamiento de las políticas públicas de promoción de la igualdad étnico-racial.
• Promoción y fortalecimiento de los saberes de las comunidades tradicionales afrodescendientes.

Agenda de encuentros ejecutivos de trabajo 2015 y 2016:
Primer encuentro ejecutivo en Buenos Aires (Argentina). Septiembre de 2015.
Segundo encuentro: noviembre 4 y 5 de 2015.
Tercer encuentro: mayo (Popayán – Colombia).
Cuarto encuentro: julio (Brasil, en el marco del Congreso Nacional de Pesquisadores y pesquisadoras negros/as de Brasil). En este espacio se hará un seminario de la red y se dará nacimiento formal a la Asociación de investigadores/as negros/as de América Latina y el Caribe.


Fonte: ABPN


Foto: Mesa-redonda "Conhecimento Negro na América Latina" | II Copene Sul | Curitiba

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Registro Fotográfico do II Copene Sul: Memória e fortalecimento dos(as) pesquisadores(as) negros(as) da região sul



A Comissão Organizadora do II Congresso dos/as Pesquisadores/as Negros/as da Região Sul - II Copene Sul agradece a todos/as os/as participantes do Congresso, que aconteceu de 21 a 24 de julho no campus Reitoria da  Universidade Federal do Paraná(UFPR), em Curitiba.

Também estende os cumprimentos às pessoas que estiveram diretamente envolvidas, atuando nas Comissões Científica, de Cultura, de Comunicação, de Infraestrutura e de Monitoria; que trabalharam com dedicação e não mediram esforços para que o congresso fosse bem sucedido. Aos/às coordenadores/as de GT’s; aos/às congressistas que ministraram e acompanharam as conferências, mesas-redondas, minicursos e workshops;  aos  pesquisadores, graduados e graduandos que apresentaram seus trabalhos; aos  movimentos sociais negros, comunidades quilombolas, e representantes de tradições religiosas de matriz africana (comunidades de terreiro).

Todos vocês  fizeram parte do intercâmbio de ideias que esse congresso proporcionou. Nesse sentido, organizamos em álbuns o registro fotográfico dos diferentes momentos vividos por todos/as que aqui estiveram. Clique nos links a seguir para relembrar o quão enriquecedor foi este encontro e o quanto ele é importante para fortalecer o conhecimento produzido pelos/as cientistas e intelectuais negros/as vinculados/as à Associação Brasileira dos/as Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e aos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEAB’s).

Muito obrigado!

Álbuns de Fotos
Festa de Encerramento - Cadê Tereza?

Crédito  das Fotos: Fábrica de Comunicação

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Segunda edição do Copene Sul é finalizada com sequência de seminários




No dia 24, quarto dia de II Copene Sul, o evento encerrou suas atividades com uma manhã e tarde em clima de confraternização. O período matutino do evento contou com encerramento dos minicursos iniciados no dia 22 e com a realização de workshops, enquanto o período vespertino comportou a apresentação do seminário da área de Educação da Associação Brasileira de Pesquisadores (as) Negros (as) (ABPN), que finalizou as atividades da segunda edição do evento.

Minicursos
Das 8h às 9h30, ocorreu o encerramento dos onze minicursos iniciados no segundo dia de evento (22). Os minicursos trataram das temáticas do feminismo, educação, saberes artísticos e identidades do movimento negro e da cultura afro-brasileira, além de muitas outras. De acordo com Mara Lenise Silva Duarte, instrutora responsável pelo “Abayomis Retalhos da História”, a relevância da realização de minicurso a respeito do papel histórico-social das bonecas Abayomi reside em “trabalhar a autoestima da criança e da mulher negra, e também poder resgatar a cultura afro-brasileira e a identidade africana”.
 
Workshops de Pesquisa
Das 9h45 às 12h, realizaram-se os 6 workshops de fortalecimento e aprofundamento dos pesquisadores (as). As temáticas trabalhadas nos workshops seguiram a abordagem dos estudos e relações étnico-raciais no meio científico, direcionados ao público alvo de alunos de graduação, mestrado e doutorado, além de doutores. O Dr. Hector Guerra Hernandez, que ministrou o workshop “Entre o manual e a realidade, fazer campo em África: experiência moçambicana”, deu seu parecer sobre a importância de workshops de pesquisa no trabalho da temática da diversidade racial: “É importante ter muita aula prática, porque na maior parte das vezes estamos confrontados com aulas teóricas (no caso, trabalhando no departamento de história, trabalha-se muito com historiografia), e quando se quer trabalhar com fenômenos atuais, contemporâneos, vemos que há uma carência em relação à maneira como se confrontam esses fenômenos, a metodologia que se usa, as questões heurísticas que colocam, a maneira de se questionar os conceitos com os quais se trabalha.”.
 
Seminário
Os participantes também puderam assistir à sequência de seminários que teve início às 14h30, na sala Homero de Barros, campus Reitoria. Para tal, quatorze professores doutores de Universidade Federais de todo o país foram convidados a explanar seus projetos de pesquisa, uma forma de compartilhar seus objetivos e resultados e estabelecer um diálogo interinstitucional.

Os projetos abordavam a partir de diferentes perspectivas as questões acerca de igualdade étnico-racial e racismo nas universidades. Na medida em que as ações afirmativas e a política de cotas se concretizam no cenário universitário, 
despertou-se o olhar dos (as) pesquisadores (as) para a necessidade de acompanhamento da trajetória dos graduandos cotistas nas universidades, e não apenas garantir seu acesso. Alguns projetos também visam estudar as oportunidades que recebem os graduados egressos do sistema de cotas no mercado de trabalho, como são recebidos e qual sua posição neste meio. A formação dos professores e a necessidade de investimentos em disciplinas pedagógicas nos cursos de licenciatura também foram temas de debate, destacando-se a influência que a classe exerce na sociedade.

Em geral, todos os projetos apresentados são permeados pela reflexão de que, levando em conta a emergência de muitos movimentos sociais negros no Brasil, é indispensável que haja uma rede de compartilhamento de saberes entre estes e o espaço universitário, para enriquecimento de ambos. Determinou-se que há a necessidade de contato permanente com os movimentos negros para que seja pensada a questão educacional. Outros temas abordados foram a carência de estudos que envolvam a questão sexualidade, tema que é pouco explorado, mas que precisa de valorização e desse recorte, pois estudar somente a questão racial tornou-se insuficiente para a compreensão do cenário discriminatório nas universidades.

Redação: Fábrica de Comunicação

Conferência com Dr.ª Dora Lucia Bertulio e atividades culturais marcam o 3º dia do evento

Passeio Monitorado Linha Preta, Homenagem a Waltel Branco, Batalha da Cultura e Festa de encerramento foram as atrações culturais do dia


Durante a tarde do dia 23 vários pesquisadores apresentaram seus trabalhos nas salas do campus da Reitoria da UFPR, em Curitiba. Mais de 200 trabalhos foram selecionados para apresentação, sendo divididos em 17 Grupos de Trabalho (GT’S). As apresentações colocaram em pauta temas como políticas públicas, psicologia, literatura e saúde. 

Outros temas se mostraram presentes nos GT’S, como a educação infantil e a importância da questão racial ser discutida nas escolas. A religiosidade e a falta de espaço para o culto das religiões africanas devido à urbanização também foi debatida. Paralelo aos GT’S, ocorreu a Mostra de Cinema Negro, exibição de filmes produzidos na região sul, seguido de debate. O documentário da vez foi “Sob a Estrela de Salomão”, de Otavio Zucon, Geslline Braga, Janaina Moscal, Caroline Blum e Brenda Maria Oeiras Santos.

Logo em seguida iniciou-se a IV Conferência, no Teatro da Reitoria, com a Dra. Dora Lucia de Lima Bertúlio, que é Bacharel, Mestra, Doutora e Professora visitante de Harvard no curso de Direito. As pesquisas da Professora envolvem temas como o Direito Constitucional e Relações Raciais, a História do Direito e a Influência do Sistema Jurídico na perpetuação do racismo no Brasil. Na conferência, a Dra. Dora Lucia argumentou a respeito do mito da democracia racial e da miscigenação, além de discutir a respeito das origens do racismo e da segregação racial. Paralelo à conferência, ocorreu o “Passeio monitorado – Tour Linha Preta”, que levou os participantes para conhecerem os pontos que marcam o registro da presença afro-brasileira em Curitiba.

Houve também, no terceiro dia do evento, uma assembleia, que começou com relatos de representantes das reuniões que aconteceram, como o do representante da Juventude Negra, NEAB's, Federação das Comunidades dos Quilombolas do Paraná, Frente Negra e entre outras. O fim da assembleia foi marcado por sugestões de universidades para o próximo Copene Sul, que será realizado em 2017. Houve uma proposta única da UFSC e o local foi aprovado por todos com grande animação. Também foi deliberado a criação de uma Associação Latino-americana de Pesquisadores Negros(as)

Das 18h30 às 19h30, ocorreu novamente o lançamento de livros no Hall do Teatro Reitoria, e logo após, ocorreu a "Batalha da Cultura", que começou com um freestyle sobre maioridade penal, tema escolhido pela plateia e depois seguiu-se com outras músicas dos MC's do Rastafarimas. A programação continuou com uma homenagem musical a Walter Branco — maestro, compositor, arranjador, violinista, guitarrista, produtor, professor e especialista em trilhas para novelas e cinema. O dia 23 finalizou-se com uma divertida festa de encerramento, "Cadê Tereza?", em comemoração ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. O evento começou às 22h, na Sociedade Operária Beneficente 13 de Maio, e foi animado pela DJ Babi Oeiras, que fez todos os participantes dançarem ao som da música negra de qualidade de variados ritmos.

Redação: Fábrica de Comunicação

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Mesas-redondas, Minicursos e Workshops do II Copene Sul promovem formação para pesquisadores


Em seu terceiro dia, o evento continua sua programação nas salas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, campus Reitoria. Durante a manhã, os onze minicursos oferecidos continuam a acontecer, assim como as mesa- redondas. 

Ambas as atividades propõem o debate cultural a respeito da construção da identidade negra, como o minicurso “Sofrimento Psíquico e Relações Raciais: Consequências e educação”, apresentado por Juliana Domiciano, que trata da importância de refletir sobre a discriminação racial e da relevância que o diálogo tem no engajamento e no fortalecimento do movimento negro. Já o minicurso “Feminismo, resistência política e estética das mulheres negras na Diáspora”, ministrado por Treyce Ellen Goulart, Ariana Cavalheiro e Marcio Caetano, coloca em debate a situação de exclusão da mulher negra da sociedade durante séculos e de sua luta constante em busca de espaço e voz no meio social.

O minicurso “Jogos Africanos – da lógica à diversidade cultural”, ministrado por Elenice Alves, tratou da metodologia de promover a cultura africana em conjunto com a lógica e a matemática. Seguindo o objetivo de trazer à tona a história da cultura negra, Valdenor dos Santos e Lisandra Pingo, que apresentaram o minicurso “Capoeira, Filha da Diáspora Africana no Brasil”, animaram os participantes com o estudo sobre a arte da capoeira, com demonstrações da dança ao final. O evento também contou com workshops que trataram sobre a escrita de textos acadêmicos e a metodologia de pesquisa quantitativa, que ocorrem simultaneamente aos minicursos. 

Por fim, a programação teve continuidade com as mesas-redondas, que debateram assuntos como a linguística e a literatura negra, a psicologia e as relações étnico-sociais no Brasil e juventude negra. Durante todo o evento, aconteceram também vendas de livros e artesanatos, assim como a oficina de turbantes. Os participantes puderam desfrutar de um coffee break fornecido pela organização do evento.

Redação: Fábrica de Comunicação

Dr.ª Dora Lucia Bertulio faz terceira conferência do II Copene Sul

A Drª Dora Lucia Bertúlio, representante da Fundação Cultural Palmares, será a última conferencista do II Copene Sul. A conferência "Políticas Afirmativas no Brasil" acontece hoje(23), das 16h15 às 17h15, no Teatro da da Reitoria.

Conheça os livros lançados no II Copene Sul



Na noite desta quarta-feira (22), a Comissão Organizadora do II Copene Sul promoveu o lançamento de várias publicações.  Confira o título e os autores das obras.

Título: Educação: Um Pensamento Negro Contemporâneo
Autor: Sales Augusto dos Santos

Título: Narrativas Autobiográficas de Identidades Sociais de Raça, Gênero, Sexualidade e Classe em Estudos da Linguagem.
Autor: Aparecida de Jesus Ferreira (Org.).

Título: As Políticas do Livro Didático e Identidades Sociais de Raça, Gênero, Sexualidade e Classe em Livros Didáticos
Autor: Aparecida de Jesus Ferreira (Org.).

Título: Série Prouni em Curso - O Programa Universidade para Todos no Contexto da Educação Superior no Brasil 
Autores: Eugênia Portela de Siqueira Marques e Eduardo Henrique Oliveira da Silva. (Orgs.) 

Título: Descolonização Curricular: a filosofia africana no ensino médio
Autor: Luis Thiago Freire Dantas

Título: Coleção Oralidades Afroparanaenses - Crônicas, Manifestos e Pensamentos Azeviche | Poemas de Melissa Reinehr e Zelador Candiero.
Autor: Centro Cultural Humaitá . 

Título: Minha Triste e Alegre História de Vida
Autor: Ilton Gonçalves

Título: Novos Estudos Afrobrasileiros – Trabalhos Finais de Graduação
Autor: Andre Marega Pinhel, Welligtom Oliveira dos Santos (Orgs.)

Título: Narrativas Imagéticas - livro Identidades e Diversidade Cultural - etnia e gênero
Autores:  Marleide Lins;Síria Borges;  Luiz Oosterbeek ; Algemira Mendes ; Domingos Leite e Aldenires Sousa Lima (Orgs.)

Título: Coleção África Está Em Nós | Africanidades Paranaenses | História e Cultura Afro-brasileira
Autor: Marcilene Garcia de Souza

Foto:  Professor Ilton Gonçalves  faz  lançamento do livro 'Minha Triste e Alegre História de Vida'