Celebrado mundialmente em 25 de maio, o Dia da África é a data mais importante para unificar o continente. A data foi criada em 25 de maio de 1963, após uma reunião entre chefes de Estado africanos, ocorrida em Adis Abeba, capital da Etiópia. O encontro foi marcado para discutir a unificação de suas lutas pela independência do domínio colonial, bem como promover a emancipação do povo africano. A partir disso foi fundada a Organização da Unidade Africana (OUA), atual União Africana, entidade que reúne 54 dos 55 países africanos. E após quase dez anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a importância do evento e instituiu , em 1972, a data como Dia da África.
Para homenagear a data, a Comissão de Comunicação do II Copene Sul Curitiba traz aos congressistas o poema de Noémia de Souza, que nasceu em Moçambique(1926) e faleceu em Portugal, em 2002. Em pesquisa informal na internet, descobre-se que Noêmia também foi jornalista de agências de notícias internacionais e viajou por toda a África durante as lutas pela independência de vários países. Seu livro, Sangue Negro, foi publicado em 2001.
O autor do livro “Do alheio ao próprio: a poesia em Moçambique”, Manuel de Souza e Silva, faz a seguinte observação sobre a poetisa: “A palavra de Noémia de Souza traz a marca fundamental da grande poesia: a capacidade de se opor à violência, `a opressão e à desumanização. Esta qualidade, cordão empático entre a poesia e seu real destino, o homem – consubstancia-se nela e , nela, revela-se consciência do humano em seu pulsar dolorido. Poesia marcada pelo engajamento no humano vivo, o que transforma em poderoso instrumento de denuncia – poesia solidária em sua nervosa dilaceração . A percepção individual, verdadeira revelação , do circundante amplo – África – significa o rompimento com a alienação”(SOUZA E SILVA,1996, P.60).
Referência: SOUZA E SILVA, Manoel de. Do alheio ao próprio: a poesia em Moçambique. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Goiânia: Editora da UFG, 1996.
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